A genialidade de René Magritte, desafiou-nos a criar o projecto: "O Surrealismo da sustentabilidade na arte 17 Passos para a Paz (positividade), Inovação (genialidade) e Emprendedorismo (responsabilidade), para explorar a ideia-arte-surrealista de que as imagens e as palavras nunca servem a função do objecto mas apenas a sua representação. Na mesma medida, nenhum dos Objectivos de Desenvolvimento e Sustentabilidade (#ODS) é o número, nem o icon, nem o nome que o identifica, pois essa é apenas a sua representação, já que a sua função só pode ser servida pelo indivíduo ao abraçar a missão humana de ser melhor e de nesse processo, melhorar o mundo.
Em uma época em que os indíviduos e as sociedades se regem pela imagem como alimento do ego colectivo, o caminho do-objectivo transformou-se numa competição, ditada muitas vezes pela incoerência da disfuncionalidade entre a apropriação da imagem que o-objectivo representa; e a falta de integridade que serve (exº #greenwashing).
Neste sentido, tem-se de resgatar esta memória de compromisso de integridade entre imagem-representação, de uma coisa, e a integridade da sua função, sem entrar na tendência do paradigma da instrução, i.e. na tendência para comparar os alunos uns com os outros, levando-os a crer que um dos propósitos principais da aprendizagem é a competição em vez do crescimento pessoal (Fernandes, 2006, p. 30)[1].
Na verdade, a tendência da comparação, que é alimentada entre as novas gerações, nomeadamente no espaço virtual dos social media (e que tanto tem afectado a disfuncionalidade do seu desenvolvimento emocional e social), nasceu também do paradigma da instrução, onde a comparação sobrepõe a representação normativa da classificação como limitação da função futura de realização da individualidade e da integridade do-Ser no mundo.
Deste modo, é importante inferir que o aluno não é o número, nem a imagem que o identifica, nem uma determinada estatística de representação de avaliação inserida em determinado ecossistema de biologia de turma, de escola, de família, de sociedade, de país, isto é a sua representação, e não a descrição do seu potencial de realização no mundo.
A função do aluno no mundo é percorrer o caminho do conhecimento e ao o fazer transformar-se numa melhor pessoa, para assim cumprir a sua individualidade e aplicá-la a melhorar o mundo à sua volta, porque é neste processo que o aluno vai encontrar o seu tesouro: o lugar onde entrega o seu coração ao serviço da humanidade.
"(...) nós homens de conhecimento, desconhecemo-nos a nós próprios. há um bom fundamento para que assim seja. nunca nos procurámos....como podia acontecer que um belo dia, nos encontrássemos? com razão se disse: onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. O nosso tesouro fica onde estão as colmeias do nosso conhecimento[2]."Nietzsche
Nesta missão de resgate, fizemos do surrealismo de René Magritte o recurso pedagógico da expressão de tensão e de contestação ao pensamento lógico e aos padrões estéticos normativos, conduzindo o aluno a desafiar o status-quo estabelecido em convenções criadas ao ritmo das várias ondas da moda; para assim despertar a sua consciência para a importância de encontrar, na sua individualidade, a expressão da sua maior realização humana.
Competências do Perfil do Aluno à Saída da Escola Obrigatória trabalhadas[3]:
i. Linguagens e textos; ii. Informação e Comunicação; iii. Pensamento Crítico e Pensamento Criativo; iv. Raciocínio e Resolução de Problemas; vi. Relacionamento Interpessoal;vii. Desenvolvimento Pessoal e Autonomia; viii. Bem-Estar; ix; Sensibilidade Estética e Artística; x. Consciência.
Competências de Progresso Humano trabalhadas: positividade ("Sou Uma Agênncia para a PAZ"); genialidade ("Sou uma Agência para a INOVAÇÃO) e responsabilidade ("Sou uma Agência para o EMPREENDEDORISMO).
Obrigada, a todos os alunos #MyHub por nos transformarem em guardiões das colmeias do conhecimento humanidade. Obrigada, a todos os professores que partilham connosco a missão de orientar os alunos para o tesouro da sua individualidade.
[1] Citado em "Autonomia e Flexibilidade Curricular", Ariane Cosme, Porto Editora.
[2] Nietzsche, Para a Genealogia da Moral, Prefácio, 1, Relógio D’Água, 2000.
[3] Despacho n°6478/2017