Wednesday, 6 August 2025

A POLÍTICA: A GRANDE MENTIROSA | RETHINKING SUSTAINABLE GOALS

SÉRIE - RETHINKING SUSTAINABLE DEVELOPMENT GOALS
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17steps@principiahumanitatis.org

este fim-de-semana fui tomar um café num daqueles cafés de portugal onde há muita gente. num daqueles cafés onde as vozes dão vida aos desenhos  dos azulejos transformando-os  em  aventuras portuguesas de corto maltese.  num daqueles cafés onde o cheiro a café faz acordar. num daqueles cafés onde o cheiro dos bolos chama memórias do coração. num daqueles cafés onde temos de gritar para ser ouvidos. num daqueles cafés  onde as conversas se misturam com as cores das roupas e com o som do bater das loiças. num daqueles cafés palco dos mistérios pensados por hugo pratt.  o-café puxa pelo coração criando o formigueiro da palavra. a palavra puxa sempre por mais palavra. numa mesa um grupo de amigos tentava chegar a um acordo sobre qual a palavra mais importante da vida. uns diziam que era a palavra - amor. outros diziam que era a palavra - dinheiro. outros diziam que era a palavra - felicidade. outros diziam que era a palavra - saúdeoutros diziam que era a palavra - amizade. outros diziam que era a palavra - ambição.  até que reduzidos a um impasse decidiram perguntar  ao sr. antónio qual a palavra que ele considerava ser a palavra-mais-importante da vida. o sr. antónio era  mestre de mesa e  conhecia os feitios do café  que falavam a cada rosto.  o sr. antónio  baixou os olhos e na toalha de papel escreveu: paz.  paz!?! – gritaram todos desapontados pois esperavam pela  palavra tira-teimas e não por   mais-uma-palavra. silêncio que se vai cantar o fado! - gritou o sr. antónio em cima de uma cadeira donde levantou a camisa da farda e falou: veem estas cicatrizes? foram feitas na guerra do ultramar. veem este olho? é de vidro. perdi-o quando uma granada  rebentou perto de mim. o meu camarada não teve tanta sorte e morreu ali ao meu lado. hoje sou empregado de mesa e recebo tostões pelo país que servi. tostões que não pagam casa. tostões que não pagam saúde.  vejo  políticos  a defenderem  paz pela força das armas e sinto as minhas cicatrizes em carne viva. como se uma arma em minha casa produzisse amor. como se uma arma em minha casa trouxesse pão à mesa. como se uma arma em minha casa produzisse saúde. tomem nota amigos! a  paz é  feita pela força do homem que fala do coração e não pela cabeça da política que fala de barriga cheia! amor sem paz é malquerido. dinheiro sem paz é pobreza. saúde sem paz é moléstia.  a política que produz armas para defender a paz é política engorda tolos e mentirosa!  silêncio. a máquina do café calou-se. os desenhos dos azulejos voltaram à parede para reescrever a história portuguesa em narrativa  corto maltese.  o sr. antónio desceu da cadeira. a gente que enchia o café levantou-se  para o abraçar.  lágrimas encheram os olhos do sr.antónio. ouviu-se gratidão a  cair em moedas de gratificação vindas em abençoada multiplicação.

#ODS1 + #ODS2 + #ODS3 + #ODS4 + #ODS5 + #ODS6 + #ODS7 + #ODS8 + ODS9 + ODS10 + ODS11 + ODS12 + ODS13 + ODS14 + ODS15 + ODS16 + ODS17 OBRIGADA, A TODOS OS PORTUGUESES DE EXPERIÊNCIA FEITA QUE SABEM QUE A POLÍTICA PORTUGUESA É MENTIROSA E COZINHADA PARA ENGORDAR TOLOS.