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se a hans asperger se deve o diagnóstico da síndrome de asperger, a quentin tarantino se deve o diagnóstico da síndrome de tarantino. a síndrome de tarantino explica a inexistência de empatia de um-indivíduo face a outro-indivíduo que é vitima de uma ação de violência extrema, traduzindo-se esse comportamento num fascínio estético pelo sofrimento observado no outro. este transtorno comportamental pode manifestar-se a vários níveis, sendo o nível mais severo aquele em que o indivíduo-observador consegue retirar gargalhadas de diversão da violência que assiste. tarantino conseguiu ir mais longe no seu trabalho e demonstrar como uma plateia de indivíduos consegue pagar para encontrar motivação para o divertimento em imagens explícitas de extrema violência humana projetadas numa tela gigante. a síndrome de tarantino conseguiu elevar um transtorno psicopatológico a uma admirável manifestação da arte, somatizando na sociedade a-ideia de que a violência-extrema é substância estética da arte — a recordar os tempos da roma-antiga, em que os jogos lúdicos eram batalhas violentas entre homens, e entre homens e animais que se matavam uns aos outros sob o eufemismo pérfido da estética artística e voyeurista de outros homens.
#ODS1 + #ODS2 + #ODS3 + #ODS4 + #ODS5 + #ODS6 + #ODS7 + #ODS8 + #ODS9 + #ODS10 + #ODS11 + #ODS12 + #ODS13 + #ODS14 + #ODS15 + #ODS16 + #ODS17 Pedimos desculpa por a indústria de Hollywood ter promovido a violência extrema e explícita como sentido estético da arte, prejudicando assim de forma significativa o valor do progresso da cultura humana.