SÉRIE - RETHINKING SUSTAINABLE DEVELOPMENT GOALS
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a humanidade tem uma propriedade que a distingue das restantes espécies: nasce e morre a chorar. chorar mostra-se como tónico da dor. uma dor no sentir porque a humanidade não sabe para o que nasce nem para o que morre. as lágrimas da humanidade fazem-lhe lembrar que é em terra que a vida se (des)faz. ao nascer a humanidade é separada da sua alma e ao morrer não a consegue reconhecer. o tempo aprofunda-lhe essa-noção de separação e a idade vinca-lhe essa-certeza. mas é no testemunho das memórias fossilizadas que repousa o registo de quem por terra andou quando o mundo continua a cobrir o que a ciência não revela. as memórias da humanidade passaram para o estudo da genética e a ciência quedou-se deslumbrada com a possibilidade de poder alterar o caminho-humanidade sem o ter de percorrer. a humanidade apesar de partilhar o mesmo deslumbramento da ciência pelo progresso não sabe que a-ciência conta o que é possível de saber mas não-conta o que é impossível de saber (the Bertrand Russel effect). por isso. a humanidade foi obrigada a seguir o caminho mais curto - aquele caminho do saber possível-mundo. as teorias da evolução não aproximaram a humanidade da sua alma. pelo contrário. afastaram-na. se para a humanidade as questões profundas da ciência continuam a ser do seu interesse as mesmas não resolvem as questões práticas que lhe continuam a provocar lágrimas. na verdade. a maior dificuldade da humanidade coincide com o maior atributo da ciência: não saber despir-se. e as lágrimas? essas continuam a cair.
#ODS1 + #ODS2 + #ODS3 + #ODS#4 + #ODS5 + #ODS 6 + #ODS7 + #ODS8 + #ODS9 + #ODS10 + #ODS11 + #ODS12 +#ODS13 + #ODS14 + #ODS15 #ODS16 + #ODS17 PEDIMOS DESCULPA PELA CIÊNCIA TER ROUBADO "A-HUMANIDADE" DAQUILO QUE É IMPOSSÍVEL DE SABER.