SÉRIE - RETHINKING SUSTAINABLE DEVELOPMENT GOALS
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a humanidade tem uma propriedade que a distingue das restantes espécies: nasce e morre a chorar. chorar mostra-se como tónico da-dor. uma dor no sentir porque a humanidade não sabe para o que nasce nem sabe para o que morre. as lágrimas da humanidade fazem-lhe lembrar que é em terra que a vida se faz e se (des)faz. ao nascer a humanidade é separada da sua alma. ao morrer a humanidade não consegue reconhecer a sua alma. o tempo aprofunda-lhe essa-noção de separação e o ego-mundo vinca-lhe essa-certeza. mas é no testemunho fossilizado das memórias da alegria humana que repousa o saber do sal da alma humana. o saber em memória sal de quem por terra andou quando a humanidade cristalizava o que não podia perder. atualmente as memórias do sal da humanidade passaram para o estudo da genética. e a ciência quedou-se deslumbrada com a possibilidade de poder alterar o caminho da-humanidade sem o ter de percorrer. a ciência diz-nos o que podemos saber, mas o que podemos saber é muito pouco e, se nos esquecemos quanto nos é possível saber, tornamo-nos insensíveis a muitas coisas sumamente importantes. bertrand russel [1]. a humanidade pesar de partilhar o mesmo deslumbramento da ciência pelo progresso não conhece que a-ciência conta o que é possível saber mas não-conta o que é impossível saber. assim a humanidade foi obrigada a seguir o caminho mais sofrido: o caminho sem alegria. as teorias da evolução não aproximaram a humanidade da sua alma. pelo contrário! afastaram-na da sua alma. se para a humanidade as questões profundas da ciência continuam a ser do seu interesse, as mesmas não resolvem as questões práticas que continuam a lhe provocar lágrimas. em bem se diga que a maior dificuldade da-humanidade coincide com o maior atributo da-ciência: não se conseguir despir do ego-mundo. e as lágrimas-humanidade? essas continuam a cair para lembrar-humanidade do juramento eterno do-sal: o sal humanidade é alegria cristalizada em oceano atlântico português.
[1] "História da Filosofia Ocidental", Bertrand Russel, Companhia Editora Nacional.
#ODS1 + #ODS2 + #ODS3 + #ODS#4 + #ODS5 + #ODS 6 + #ODS7 + #ODS8 + #ODS9 + #ODS10 + #ODS11 + #ODS12 +#ODS13 + #ODS14 + #ODS15 #ODS16 + #ODS17 OBRIGADA, ÁLVARO LUNA, POR LEMBRAR HUMANIDADE - EM CANÇÃO, DO JURAMENTO DO SAL PORTUGUÊS: TER GANAS DE AMAR-MAR-ATLÂNTICO E NÃO TER GANAS DE MILITARIZAR A EUROPA, NEM O MUNDO.