Monday, 13 October 2025

ABENÇOADA SEJA A MARSELHESA COMO ALIMENTO À MESA DA UNIÃO EUROPEIA | RETHINKING SUSTAINABLE GOALS

SÉRIE -  RETHINKING SUSTAINABLE DEVELOPMENT GOALS
time-reading-barometer | 1 minute  58 seconds |  396  words | republished


numa cozinha dum restaurante de nome menos importante havia uma mãe-europa com dotes de cozinheira,   vidente e curandeira. as suas mãos abençoadas, e o seu corpo roliço de mulher parideira, faziam dela  mãe-guerreira. mãe-europa que tinha dado  à luz sozinha quando era  malfadado   ser-se vista no mundo como mãe solteira.  mãe-europa que usava a colher de pau  para abençoar a comida que lhe vinha à mão. mãe-europa que abençoava a diversidade da alface. abençoava  a diversidade da fruta. abençoava a diversidade do que o mar dava. abençoava o vinho do porto do douro. o azeite da toscana. a manteiga da bretanha. o caviar do mar cáspio. o bucho de ovelha da escócia. o presunto de bolota da estremadura. a carne de galinha. a carne de vaca. a carne de porco e tudo o que vinha da terra e do mar da europa. europa que alimenta vida tem de ser agradecida e enobrecida - ela avisava. com espanto observava como nos supermercados da europa tudo luzia igual.  a natureza não paria assim! - ela estranhava. logo compreendeu onde a união europeia se tinha perdido: na ilusão de pensar que  tinha por alimento o brilho da uniformidade.   mãe-europa que no calor do forno cozinhava a poção que devolvia o sabor da verdadeira liberdade, a quem o paladar da liberdade humana tinha perdido. numa quinta, a mãe europa guardava as sementes primeiras  da  humanidade e  criava o que precisava.  quinta que era governada pela mãe-natureza pelo que ela confiava na sua origem. quando se brinca com o que se come cresce aflição - a mãe europa pressagiava. cada prato era escolhido por ela. ela só precisava de olhar para quem o prato alimentava para de imediato saber o sabor da liberdade  que na vida lhe faltava. qualidade de mãe-europa que abençoava a diversidade do sabor da cultura de cada país. a condição  que impunha era a de se comer com fé na marselhesa. marselhesa que ela entoava para  chamar as crianças da europa à mesa:  allons enfants de la patrie; le jour de gloire est arrivé; contre nous de la tyrannie; l'étendard sanglant est levé (...) Liberté, liberté chérie; liberté, liberté chérie, combats avec tes défenseurs; combats avec tes défenseurs; sous nos drapeaux que la victoire; accure les mâles accents; que tes ennemies expirants voient ton triomphe e notre gloire  (...) .  na cozinha da mãe-europa, todas as formas de tirania eram  afastadas com a panela que havia à mão, ao som da marselhesa como canção. o sabor da  comida não tinha comparação com nada que havia. sabor que  enchia os sentidos da alma da europa com a essência   da diversidade da verdadeira  liberdade do pensar-humanidade. abençoada seja a marselhesa como alimento  à mesa da europa! - ela gritava.

#ODS1 + #ODS2 + #ODS3 + #ODS4 + #ODS5 + #ODS6 + #ODS7 + #ODS8 + ODS9 + ODS10 + ODS11 + ODS12 + ODS13 + ODS14 + ODS15 + ODS16 + ODS17  OBRIGADA, À MARSELHESA POR ALIMENTAR A LIBERDADE DO SER-EUROPA, CONTRA A TIRANIA DA UNIFORMIDADE DE PENSAMENTO DA UNIÃO EUROPEIA.

ODS = Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (17Steps4Sustainability).