RETHINKING SUSTAINABLE DEVELOPMENT GOALS
time-reading | 1 minute 31 seconds | 305 words
17steps@principiahumanitatis.org |
hakika era o nome de nascimento de uma menina. menina que nasceu numa aldeia. aldeia que ficava numa terra onde não cresciam flores. hakika era negra como a cor da terra que pisava e só descobriu que haviam terras-de-outras-cores quando marie-anne uma médica francesa branquinha como os seus dentes apareceu na sua aldeia. hakika acreditava que a cor da pele era dada pela terra que se pisava com os pés e imaginava a terra de marie-anne branca-cor-de-dentes. hakika interrogava-se se o sangue de marie-anne seria encarnado como o pôr-do-sol da sua aldeia. marie-anne adivinhando a curiosidade-de-hakika mostrou-lhe uma ferida que tinha no dedo. hakika respirou de alívio ao confirmar a teoria que tinha imaginado: as pessoas são todas iguais por dentro independentemente da cor da terra donde vêm. todas as descobertas de hakika tinham nascido da curiosidade-de-hakika. assim tinha acontecido quando hakika descobriu que era menina. antes hakika pensava que se podia escolher e ela teria preferido ser menino porque aos meninos eram-lhes dadas mais possibilidades. a mãe de hakika dizia-lhe: a beleza de uma flor só pode nascer da barriga de uma mulher. como hakika nunca tinha visto flores duvidava do que a mãe lhe dizia culpando-a por a ter feito menina. um dia hakika foi apanhada por um homem que lhe prometeu mostrar onde nasciam flores. hakika desapareceu. meses passaram. um dia hakika foi apanhada do chão desnudada e mal tratada. a mulher mais velha da aldeia olhou para a barriga de hakika e chamou pela mãe da vida para abençoar a vida que aí vinha. da barriga de hakika nasceu uma menina. hakika morreu sem conseguir chegar a mulher. à menina nascida da barriga de hakika as mulheres da aldeia chamaram flor-da-terra.
#ODS1 + #ODS2 + #ODS3 + #ODS#4 + #ODS5 + #ODS 6 + #ODS7 + #ODS8 + #ODS9 + #ODS10 + #ODS11 + #ODS12 +#ODS13 + #ODS14 + #ODS15 #ODS16 + #ODS17 PEDIMOS DESCULPA, A TODAS AS MENINAS QUE MORREM EM TERRAS ONDE AS FLORES NÃO CRESCEM.