RETHINKING SUSTAINABLE DEVELOPMENT GOALS
time-reading | 2 minutes 37 seconds | 338 words
17steps@principiahumanitatis.org |
hakika era o nome de nascimento de uma menina. menina que nasceu numa aldeia. aldeia que ficava numa terra onde não cresciam flores. hakika era negra como a cor da terra que pisava e só descobriu que haviam terras-de-outras-cores quando marie-anne - uma médica francesa branquinha como os seus dentes - apareceu na sua aldeia. hakika acreditava que a cor da pele era dada pela terra que se pisava com os pés e imaginava a terra de marie-anne branca-cor-de-dentes. hakika interrogava-se se o sangue de marie-anne seria encarnado como o pôr-do-sol da sua aldeia. marie-anne ao adivinhar a curiosidade-de-hakika mostrou-lhe uma ferida que tinha no dedo. hakika respirou de alívio ao confirmar a teoria que tinha imaginado: as pessoas são todas iguais por dentro independentemente da cor da terra donde vêm. todas as descobertas de hakika tinham nascido da curiosidade de hakika. assim tinha acontecido quando hakika descobriu que era menina. antes hakika pensava que se podia escolher e ela teria preferido ser menino porque na sua aldeia aos meninos eram-lhes dadas mais possibilidades. a mãe de hakika dizia-lhe: a beleza de uma flor só pode nascer da barriga de uma mulher. como hakika nunca tinha visto flores duvidava do que a mãe lhe dizia culpando-a por a ter feito menina. um dia hakika foi apanhada por um homem que lhe prometeu mostrar onde nasciam as flores. hakika desapareceu. meses passaram. um dia hakika foi apanhada no chão desnudada e mal tratada. a mulher mais velha da aldeia olhou para a barriga de hakika e chamou pela mãe da vida para abençoar a vida que aí vinha. da barriga de hakika nasceu uma menina. hakika morreu sem conseguir chegar a mulher. à menina nascida da barriga de hakika as mulheres da aldeia chamaram flor-da-terra.
#ODS1 + #ODS2 + #ODS3 + #ODS#4 + #ODS5 + #ODS 6 + #ODS7 + #ODS8 + #ODS9 + #ODS10 + #ODS11 + #ODS12 +#ODS13 + #ODS14 + #ODS15 #ODS16 + #ODS17 PEDIMOS DESCULPA, A TODAS AS MENINAS QUE MORREM EM TERRAS ONDE AS FLORES NÃO CRESCEM.