time-reading-barometer | 1 minute 30 seconds | 303 words | updated 7julyl22
 |
17steps@principiahumanitatis.org |
talvez seja irónico
a-condição-mulher encontrar os seus fundamentos primitivos
na destilação condição-mulher-mundo. destilação que encontra a ironia do seu drama-cénico na catarse humana de maior indiferença. o que não sendo um estilo que
a-mulher pediu é (contudo!) a condição que a mulher é forçada a provar. condição que
entrega-mulher à representação mais complexa e difícil que se possa imaginar:
o-ser-mulher neste mundo. o enredo por trás do drama cénico da
condição-ser-mulher-mundo nunca prima pela poesia e culmina sempre no
êxodo-alma-mulher depois de tempos somados de
purga-mundo. tempos de purga-mundo em que o produto da quantidade vida são sempre
lágrimas de muito
sofrimento-mulher. mais uma prova da ironia do destino? talvez. abre-se assim a oportunidade à
revolução-nome-mulher. a revolução-nome-mulher é uma
coisa-de-mulher. é um processo profundo através do qual
a-mulher deixa de chamar pelo nome do sofrimento que viveu. quando uma mulher deixa de chamar por algo,
esse algo deixa de existir. ou melhor! encontra o seu fim. com a
revolução-nome a mulher silencia os nomes que pesaram na sua
identidade-destilação-mundo. à
revolução-nome-mulher segue-se a
revolução-gravidade. altura em que a-mulher se debate com
o-peso-mundo sobre a sua existência. é neste momento que
a-mulher percebe que
é-por-isso que se morre e que
é-também-por-isso que se desiste. desistir é uma forma
de-se-ir-morrendo e
o morrer tira à mulher esse
peso-mundo. assim numa mulher há sempre
uma-parte-mulher que morre e há sempre uma
outra-parte-mulher que desiste. o fecho da destilação
condição-mulher-mundo é normalmente selado pelo
papel-mulher em contos de fadas.
mais uma prova da ironia do destino-mulher? talvez...