Sunday, 28 September 2025

O BEAT MELHOR-MUNDO AO SOM DA HARMONIA-BEATLES | RETHINKING SUSTAIONABLE GOALS

SÉRIE - RETHINKING SUSTAINABLE DEVELOPMENT GOALS
time-reading-barometer | 5 minutes 18 seconds  689  words |  1st published March 2017 

17steps@principiahumanitatis.org

eduardo  gomes da mota. o eduardo tinha 47 anos. durante 27 anos o eduardo tinha sido  operário fabril sempre na mesma empresa.  empresa onde o eduardo aprendeu o dever  da formalidade de-purificação  portuguesa  em  siglas: sr. dr. sra. dra. sr. engº e sra.engª. empresa que  escreveu em carta  estar com dificuldades financeiras devidas às incertezas dos tempos e por isso via-se obrigada a extinguir o posto de trabalho do eduardo. no fim da carta a empresa agradecia ao eduardo  a  sua dedicação ao longo de 27 anos de trabalho. o eduardo sentou-se pois a sua vida-era aquele trabalho: o-que-seria dele agora? - interrogou-se o eduardo ao observar as suas mãos vazias. durante vinte e sete anos o eduardo tinha acordado todas as manhãs para ir-trabalhar naquela empresa. durante vinte e sete anos o eduardo colocou o trabalho sobre a família e transformou-se num estranho para o filho. filho que cresceu a culpar o eduardo por tudo o que de mal lhe tinha acontecido porque dizia que o trabalho não podia substituir um pai ausente.    durante vinte e sete anos as  mãos do eduardo  moldaram a madeira à produção de peças  inexplicavelmente belas. porém. o novo objetivo da administração era ser ikea e colonizar-mundo.  os senhores doutores. e os relatórios. os senhores engenheiros. e as projeções. os senhores especialistas. e os mapas dos dividendos ao serviço de stakeholders. tudo   valia sempre mais  do que as  mãos do eduardo que se tornaram um centro de custo a eliminar. com a cabeça cheia de pensamentos o eduardo foi para  a sua garagem onde tinha a sua pequena oficia. em alturas de aflição o eduardo encontrava paz na sua garagem onde talhava madeira bruta para experimentar ideias que aperfeiçoava no trabalho. trabalho que já não havia. agora o eduardo  concentrava-se numa peça de madeira bruta. o eduardo ligava a aparelhagem e ouvia   beatles.  talhava a madeira. e aparava-lhe a teimosia. e cantava beatles: hey jude.... don’t make it bad, take a sad song and make it better ... remember to let her into your heart, then you can start to make it better... o eduardo parou o trabalho. os óculos que lhe protegiam os olhos das lascas cuspidas estavam embaciados de tantas lágrimas o eduardo verter. um homem não chorava. mas o eduardo era um homem com quarenta e sete anos sem-trabalho. e um homem com  quarenta e sete anos sem-trabalho chora. o eduardo voltou a cantar-beatles: ....don’t make it bad...take a sad song and make it better... and any time you feel the pain, hey eduardo, refrain ... don’t carry the world upon your shoulders, for well you know  that’s a fool, who plays it cool by making his world  a little colder....na-na-na-na-na, na-na-na-na... o eduardo voltou a olhar para a peça que trabalhava e sentiu a música a chamar o seu nome.  continuou a desbastar a madeira para dar nova forma à sua tristeza. em movimentos suaves sentiu a madeira também a chorar. sentiu o cheiro da resina da madeira a correr-lhe nas veias procurando a direção do seu coração. no tronco da madeira contou cento e onze anéis e sentiu a sabedoria da natureza a fundir-se na escultura que tomava forma-mulher. o eduardo sentiu o seu coração  a ditar-lhe novas instruções.  as ferramentas desbravavam o caminho da incerteza tomadas por uma força invisível que  agora lhe governava a vontade. a canção dos beatles calou-se. a tristeza fez-se forma bela. o pedaço de madeira bruta era agora uma escultura delicada. a forma   não reconhecia a tristeza-inicial mas uma beleza sem igual. o eduardo agarrou na peça e apresentou-a a um fornecedor que conhecia. o fornecedor logo viu oportunidade numa parceria. a peça produzida tomou o nome de -  hey jude - e  foi comprada  por um colecionador privado que era fã dos beatles. o eduardo perdeu o ter-de-trabalhar para empreender obra em nome próprio.  o eduardo fundiu a sua pele com a natureza da madeira e ao som da harmonia beat-melhor-mundo-beatles ensinou o seu filho a arte de moldar melhor-mundo com as mãos... and when the broken-hearted people, living in the world gare, there will be an answer, let-it-be, let-it-be... for though they may be parted... there is still a chance that they will see... there will be an answer, let-it-be, let-it-be...

#ODS1 + #ODS2 + #ODS3 + #ODS#4 + #ODS5 + #ODS 6 + #ODS7 + #ODS8 + #ODS9 + #ODS10 + #ODS11 + #ODS12 +#ODS13 + #ODS14 + #ODS15 #ODS16 + #ODS17  OBRIGADA, A TODO O PAI QUE ENSINA O  FILHO A ARTE DE MOLDAR MELHOR-MUNDO AO SOM DA HARMONIA-BEATLES.