Tuesday, 27 September 2022

O DISCURSO "OCO", SOBRE EDUCAÇÃO, DO PM ANTÓNIO COSTA NA #UNGA77 E A CERTEZA DE QUE É TEMPO DE REALIZAR AS "ESPERANÇAS DE PORTUGAL"

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O discurso do primeiro ministro português, na #UNGA77, sobre o tema educação, foi infelizmente um discurso oco, sob todas as perspectivas,  em especial sob a perspectiva da evolução humana e sob a perspectiva do carinho, respeito e confiança que o primeiro ministro deve mas não teve, pelas gerações mais novas, efetivamente: i)  não  houve respeito pelo reconhecimento de potencial futuro das  crianças  e dos jovens, sobretudo sobre aqueles que o PM é diretamente um dos responsáveis - as crianças e os jovens portugueses; ii)   os alunos estrangeiros foram "utilizados"  (aka da Síria e da Ucrânia), como trunfos  de marketing para promover o CV internacional do PM; iii)  considerou-se as gerações mais novas como um bem comum  transnacional massificado para o uso/abuso do  mercado global iv) não se valorizou o conhecimento e a soberania das famílias, nem dos professores! como autores/educadores capazes da missão humana "educar", mas foram usados como "peças" de um contrato social a impôr via neoliberalização global; e v) transmitiu-se a ideia (errada) de que para além de executar o que a UNESCO traça, Portugal não tem a capacidade de contribuir com ideias próprias para "Transformar a Educação", em "melhor Educação", porque não basta querer transformar, é preciso melhorar, e isso tem de ser dito (e não foi). 

Existiu  a intenção de  se apresentar uma ideia muito impulsionada por António Guterres, talvez porque ele tenha de mostrar algum trabalho feito,  quando falhou (e falha) em tantas outras  áreas essenciais, de que a educação é um bem-global e de gestão transnacional.  Sem entrar em definições muito complexas, porque  a profundidade é algo que cada um  pode e deve desenvolver (por si), considere-se  exemplos de bens comuns globais: o petróleo, a água, o pescado, os minerais para rapidamente concluirmos que os mesmos têm sido geridos através de um "contrato social" que   concede - às instituições governamentais, corporativas e transnacionais, a propriedade total da sua exploração abusiva; e à pessoa comum  a obrigação de pagar (um preço vantajoso para quem vende) pelo que consideram ser "um produto transformado pronto para consumo". A verdade é que "as alterações climáticas" são a prova de que este "contrato social", colocado sobre os bens comuns"(aka recursos Naturais do Planeta Terra) não se mostrou eficaz, embora!!!, de forma bastante eloquente, as elites governamentais, as elites corporativas e  as instituições transnacionais (como a ONU e a UE) não se cansam em  colocar o ónus "da culpa" na pessoa comum; ora porque respiramos e produzimos CO2; ora porque comemos carne e  bebemos leite de vacas, que produzem metano, ora porque somos idiotas e não temos  a capacidade de gerir nada sem que sobre nós se exerça um controlo que no final benefícia "os-poucos" do costume.

Pois bem, transformar a educação num "bem global comum" é formatar o conhecimento para encaixar numa agenda dominante transnacional e globalista, cancelando-se a diversidade criativa da cultura humana como alicerce impulsionador de diferenciação própria da  evolução da cultura humana.  Na prática, é já o que se está a tentar fazer, sendo que o discurso do primeiro ministro António Costa é bastante revelador da doutrina e do  à vontade vigente na aceleração da sua globalização. No entanto, existe um  excesso de confiança "showbiz" que mostra que nada disto vai quedar-se.

Um dos temas que António Guterres e o  primeiro ministro  pretendem (Guterres   na educação global da agenda ONU, e Costa na educação nacional)   é  o de retirar a dialética autóctone  de diferenciação de cada país, em Portugal a dialética camoniana, queirosiana etc.,   e  de incluir uma dialética perversa, desprovida de ética e de moral,  orientada pelo lobby LGBT, em que se cancela não só a diferenciação anatómica que sempre  existiu (e que faz parte da diversidade da cultura humana) entre "meninos e meninas" e "homens e mulheres"; como se cancela o direito de se "ser-criança" e de se "ser-jovem", acelerando-se a sexualização dos mesmos,  incutindo-se a ideia de que mais do que consagrar o aprender "do conhecimento"; é necessário, desde a infância, consagrar o aprender   "do conhecimento do  sexo", e dos seus produtos umbrella  derivados (ex. a pornografia) ao prazer do seu consumo massificado.

Note-se que em Portugal, o Estado Novo, colocou a educação como um bem-público-comum para assim poder formatar as gerações de crianças e jovens na tacanhez da sua visão civilizacional. Neste sentido, pesa-nos muito esta herança "tacanha" que nos deixou apáticos e facilmente "triggered by", i.e. "ativados", por palavras fáceis de atirar, com frequência maior do que a necessidade, como "fascismo", "liberdade", "desigualdade", "igualdade", "género", "descriminação" que servem apenas para tirar a atenção daquilo que realmente está a acontecer.

O primeiro ministro português alude à concentração de esforços que fez "na reconstrução da Ucrânia no sector da Educação", ficando-se com a vazia sensação de que tal investimento serve, mais uma vez!, a progressão da sua carreira internacional e não a verdadeira intenção humana de transformar o mundo, em melhor-mundo. E sobre este ponto devemos também de perguntar, porque é que o PM não concentra a bandeira do exemplo "dos seus esforços" em melhorar a educação em Portugal, melhorarando não só as escolas como incrementando os salários baixos, nomeadamente as condições precárias de quem ensina e as condições precárias das famílias portuguesas que também são responsáveis por ensinar? Porque não concentrar esforços de educação também na Guiné Bissau, em Angola, Moçambique, Síria etc.?

António Costa refere também que "a multiplicação de situações de emergência cria desafios acrescidos, pelo que devem constituir uma prioridade absoluta", e afirmou que "Portugal tem dado particular atenção a esta dimensão". Ora, efectivamente "as situações de emergência" têm sido criadas pela má gestão dos bens-comuns geridos pelas entidades governamentais, corporativas e transnacionais que, porém! querem-nos fazer acreditar que sem "eles", a humanidade, nunca seria capaz de gerir eficientemente situações de emergência - o que não só  é falso na substância, como também é perverso no que objeta, na medida de que nunca houve taxas de mortalidade tão elevadas, deste que o bem-comum "saúde" foi globalizado; nunca houve tantos incêndios, desde que o bem-comum "florestas" foi globalizado, nunca houve tanta escassez de recursos naturais, desde que o bem-comum "clima" foi globalizado e por adiante... A verdade é que se vende "gestão de emergência" quando se trata de "gestão de caos provocado", porque "o caos" não permite diferenciar "eficiência" de "ineficiência" e é convenientemente rentável para o poder globalista  instituído, que faz-que-faz para engordar cada vez mais, sempre  à custa do árduo prejuízo da pessoa comum.

Neste sentido, a humanidade tem de tomar consciência de que não podemos continuar a confiar cegamente em  agendas globalistas que vendem "Novas Ordens Mundo", mas que só têm delapidado, usurpado e destruído-mundo. A humanidade tem  de assumir as rédeas daquilo que com boa vontade transferiu, erradamente: o poder de gerir a educação das Esperanças-do-Mundo (aka das crianças-mundo) e o poder de gerir os recursos naturais do planeta Terra.

Efetivamente, se é de arrepiar observar a péssima atuação de quem lidera hoje  o-mundo, é gratificante saber que o-mundo não lhes pertence. O mundo pertence a quem concentra mais humanidade - o mundo pertence às crianças e aos jovens,  que ao assumirem a  sua positividade (I am an Agent4Peace), a sua genialidade (I Am an Agent4Innovation) e a sua responsabilidade (I am an Agent4Entrepreneurship) têm toda a capacidade para transformar o mundo, em melhor mundo sem haver a necessidade de seguir agendas globalistas. Em Principia HumanitatisORG fala-se do que se sente no coração humanidade, porque temos tido  o enorme previlégio de aprender com quem mais sabe: as crianças e os jovens da humanidade-mundo

Por fim, temos uma só certeza: é tempo de realizar as "Esperanças-de-Portugal" (e do Mundo!!!), tal como o descrevia António Vieira, e "essa missão" pertence, por inteiro, à humanidade.