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Autor: #MyHubJPF |
A metodologia Learning4PIE dos programas curriculares - #MyAvatar e #MyHub - têm, por matriz pedagógico e fisiológica, a orientação cognitiva do aluno para o processo autopoiesis de artesão que, sob a perspetiva Principia HumanitatisORG, compreende:
- A arte bordaliana de ser artesão-mundo: a essência da arte de Bordalo Pinheiro vive na arte de moldar o barro para mais tarde esculpir-melhor-mundo; a arte de desenhar-mundo para mais tarde não se copiar-erros-mundo; a arte de desenvolver o humor e a sátira como competência do pensamento crítico que indaga e que não aceita os argumentos e as conclusões apresentadas sem as questionar. A arte bordaliana serve para lembrar às novas gerações que a arte de-ser-artesão é a arte de ser movido pela humildade crítica de saber-pensar e não pela vaidade de fama, porque a simplicidade do artesão está na grandeza da sua integridade humana – qualidade que alimenta com a humildade do trabalho e não com a ilusão da ambição. Ensinar a arte bordaliana aos alunos é transmitir a arte do artesão como exercício de elevação e não como exercício estéril de auto-promoção; é dotar os alunos de competências intangíveis, atitudes e valores humanos que vão permitir contribuir para a construção de um futuro inclusivo e sustentável para o bem comum do progresso humano.
- A voz do-saber-feito-pela-experiência: refere-se à genialidade que Luís Vaz de Camões entregou ao Velho-do-Restelo, nos Lusíadas; a voz, que lembra a-providência que existe sobre as ações-mundo e sobre as consequências da vã-cobiça, sobre as consequências da-vaidade, sobre as consequências dos desejos-de-fama e sobre as consequências da-crueldade. A voz do Velho-do-Restelo é aquela voz interior que questiona a-ilusão-mundo; é aquela voz que diz que: aquilo que move a vontade de uma nação não pode ser a-fama, mas o-serviço; assim como aquilo que move a pessoa, não pode ser a-cobiça, nem a-crueldade, nem a fama mas a construção de-humanidade. Na realidade, de entre todas as personagens criadas por Luís de Camões o Velho-do-Restelo foi a personagem menos amada porque não tinha lugar entre os heróis do Olimpo. Porém, o Velho-do-Restelo representa uma das maiores qualidades ensinadas nas Ciências Humanas da Gestão: avaliar o impacto das nossas decisões e produzir-projetos com valor social, económico e ambiental para o progresso e sustentabilidade das pessoas e dos recursos do planeta Terra.